Por Anderson Bandeira
Da Folha de Pernambuco
Da Folha de Pernambuco
Ex-ministro da Justiça no governo Dilma Rousseff (PT), José Eduardo Cardozo, avaliou, nesta sexta-feira (15), que será "um absurdo" e "escarnecimento institucional do Brasil aos olhos do mundo" se a Câmara dos Deputados não autorizar a investigação da segunda denúncia contra o presidente Temer.
Em passagem pela capital pernambucana, Cardozo não quis fazer pré-julgamento sobre as denúncias de formação de quadrilha e obstrução de justiça que recaem contra o chefe do Executivo Federal.
No entanto, considerou que Temer está numa situação incômoda diante das provas robustas contra ele e que o Congresso tem que investigá-lo. "O que não posso concordar é que o mesmo Congresso, que afastou Dilma por questões meramente orçamentárias, onde governos anteriores faziam, onde não havia má-fé, não havia corrupção, ter destituído uma presidente eleita, sequer permita a investigação de Temer. Acho isso um absurdo e o escarnecimento institucional do Brasil aos olhos do mundo", avaliou o ex-auxiliar do Planalto, horas antes de ministrar palestra sobre “Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil: Precisamos de uma nova Constituição?”, na Unicap.
No Recife, ex-ministro também comentou sobre a sentença contra o ex-presidente Lula classificando-a como "fragilíssima" e disse que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deixa o posto com papel importante de combate a corrupção.
"Janot é uma pessoa que eu tenho excelente relação pessoal e, assim como todos nós, comete acertos e erros. Portanto, nós não devemos execrá-lo, nem santificá-lo. Janot teve papel importante no combate a corrupção. Eventualmente, deve ter cometido algumas falhas", disse.
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