A Justiça negou, nesta terça-feira (10), a visita de uma comitiva de governadores ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da Polícia Federal desde a noite do último sábado (7). Nove governadores chegaram ao prédio da Polícia Federal por volta das 14h40 e ficaram reunidos por quase uma hora com a cúpula da Polícia Federal, mas foram proibidos de se encontrar com o ex-presidente.
Os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Roberto Requião (MDB-PR) também faziam parte da comitiva. “Isso reforça que estamos diante de várias violações contra o ex-presidente Lula“, disse o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), na frente da PF após o grupo ser impedido de ver o ex-presidente.
A comitiva deixou uma carta assinada por todos a Lula. Diz o texto:
Estimado presidente Lula, querido amigo, Estivemos aqui e sempre estaremos. Ao seu lado, firmes na luta Infelizmente, Infelizmente, a Lei de Execução Penal não foi cumprida adequadamente e não podemos abraçá-lo pessoalmente. Mas, por nosso intermédio, milhões de brasileiros e brasileiras estão solidários e sendo sua voz por um Brasil justo, democrático, soberano e livre.
Lula livre!
Forte e fraterno abraços.
Despacho
Em seu despacho, a juíza federal substituta Carolina Moura Lebbos disse que não havia motivo para liberar as visitas. “Não há fundamento para a flexibilização do regime geral de visitas próprio à carceragem da Polícia Federal. Desse modo, deverá ser observado o regramento geral”, afirmou.
No dia anterior, o juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal, já havia determinado que Lula não deveria ter nenhum “privilégio quanto a visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal, a fim de não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública“.
Pela decisão de Moro, o ex-presidente poderá receber visitas apenas às quartas-feiras, com exceção dos seus advogados. (Fonte: UOL)
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